O aguardado encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, previsto para sexta-feira, 15 de agosto de 2025, no Alasca, não deverá resultar num fim imediato da guerra na Ucrânia. No entanto, pode definir os contornos de um futuro acordo de segurança na Europa.
Leitores haviam inicialmente recebido a notícia com otimismo, mas com a aproximação da data, percebe-se que não há condições mínimas para um acordo de cessar-fogo imediato. Lawrence Wilkerson — ex-chefe de gabinete de Colin Powell — enfatizou que Trump não tem nada concreto para oferecer a Kiev além de garantias de segurança sobre o território que ainda controla.
Outro obstáculo é que as cinco regiões anexadas pela Rússia — Lugansk, Donetsk, Kherson, Zaporizhia e Crimeia — já foram incorporadas à constituição russa, tornando impossível revertê-las por um simples acordo bilateral, ao menos no curto prazo.
Além disso, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deixou claro que não aceitará ceder nenhum território, o que impede a inclusão de trocas territoriais na agenda da reunião.
Portanto, ainda que não tragam soluções imediatas, as conversas Trump-Putin poderão eventualmente contribuir para moldar um mapa para a paz entre Moscovo e a OTAN, abrindo caminho para negociações futuras mais realistas e sustentáveis.